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Norte: Um Lugar de Criptídeos Antropofágicos
Norte: Um Lugar de Criptídeos Antropofágicos
07 de Apr, 2025

Criptídeos, cultura e resistência: a conexão entre mitos e povos originários do Brasil

Os criptídeos são criaturas lendárias que, mesmo sem comprovação científica, despertam fascínio e curiosidade. Alados, aquáticos (como as sereias), terrestres ou humanoides, esses seres mitológicos representam mais do que fantasia — eles estão profundamente ligados à natureza e à forma como antigos povos enxergavam o mundo.

Este artigo explora como a figura dos criptídeos se conecta à história dos povos originários do Brasil, frequentemente desumanizados e romantizados ao longo dos séculos. Desde os relatos exagerados de Hans Staden sobre os Tupinambás, passando pelo roubo do Manto Tupinambá, até o resgate simbólico feito por artistas modernistas como Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade, observamos como a arte e a narrativa moldam (e distorcem) a identidade indígena.

Ainda hoje, povos do Norte do Brasil enfrentam estigmas e preconceitos, sendo retratados como figuras exóticas ou invisíveis dentro do próprio país. Frases como "O Norte existe e persiste" ganham força como forma de resistência e afirmação cultural.

Este conteúdo propõe uma reflexão sobre quem conta as histórias e como a moda, a arte e a memória coletiva podem ser ferramentas de ressignificação. Afinal, quando falamos em identidade brasileira, precisamos questionar: Tupi or not Tupi?

criptídeos, mitologia brasileira, povos indígenas, Tupinambás, Norte do Brasil, Hans Staden, Manto Tupinambá, arte indígena, moda e cultura, descolonização cultural, antropofagia modernista.

Créditos: Louise Bourgeois. Sem título, nº 2 de 12, da série Spirals. 2005
O Criador: O Toureiro Preso nas Aspirais do Tempo e do Caos
26 de Mar, 2025

Entre o Caos e a Criação

Criar é habitar espirais. No universo da Souedo, moda não é só estética — é negociação constante com o tempo, o mercado e o imprevisto. Neste espaço de reflexões, compartilhamos os bastidores da criação como um toureiro que dança com o caos: entre atrasos, expectativas e a eterna tentativa de dar forma ao invisível. A arte nunca é uma linha reta. É um movimento circular, como os rabiscos de Louise Bourgeois — fugas e retornos. Aqui, cada texto é parte dessa trajetória em espiral, onde o tempo perdido pode, na verdade, ser o tempo necessário para a metamorfose acontecer.

A Repetição das Coisas: Entre o Efêmero e o Eterno
A Repetição das Coisas: Entre o Efêmero e o Eterno
13 de Mar, 2025

Vivemos em um ciclo onde tudo se repete, esvazia-se e é substituído pelo novo. Mas e se algumas imagens pudessem transcender a efemeridade e se tornarem mitos? Neste texto, exploramos a relação entre moda, arte e memória, questionando o que realmente merece ser lembrado.

Navegantes – Fotografia Analógica, 2019 - Daniel Azevedo.
O Inconsciente Coletivo das Águas: Uma Reflexão sobre Mitos, Estampa e Conexões.
12 de Feb, 2025

Navegantes: A Força dos Mitos e das Águas nas Nossas Histórias

Na Souedo, acreditamos no poder das narrativas e na forma como os mitos e símbolos ressurgem ao longo do tempo, conectando culturas e experiências humanas. Nossa nova coleção, inspirada em Iemanjá e outras deidades marinhas, explora a força simbólica do mar — uma entidade que, em todas as culturas, reflete transformação, vida e mistério.

O mar é um espelho do inconsciente coletivo, como descreveu Carl Jung, unindo mitos de diferentes tempos e lugares. Figuras como Iemanjá, Nossa Senhora dos Navegantes e os deuses gregos do mar compartilham um núcleo arquetípico: são protetores, guias e símbolos da força e da fluidez da vida.

Nossa estampa "Navegantes" não é apenas um padrão; é uma celebração do movimento contínuo das águas, dos ciclos das marés e das memórias invisíveis que nos guiam. É um convite para vestir histórias que atravessam tempos e culturas, resgatando a essência do que nos conecta às profundezas do nosso inconsciente e às forças poderosas da natureza.

Explorar Navegantes é mergulhar em um mar de simbolismo e transformação.

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Iemanjá: Deusa do Mar e Reflexo de Nossa História
Iemanjá: Deusa do Mar e Reflexo de Nossa História
05 de Feb, 2025

Iemanjá: Deusa do Mar e Reflexo de Nossa História

O dia 2 de fevereiro é marcado por celebrações a Iemanjá, orixá das águas reverenciada no Brasil além das religiões de matriz africana. Sua devoção se entrelaça com tradições populares, desde oferendas no mar até a influência no hábito de vestir branco na virada do ano.

No entanto, sua presença na cultura brasileira remete a um passado de dor: trazida junto com povos africanos escravizados, sua imagem foi ressignificada para sobreviver no país. Hoje, sua representação muitas vezes carrega traços ocidentalizados, distantes de sua verdadeira origem africana.

Mais do que uma deusa ou um símbolo sincrético, Iemanjá reflete a luta, as raízes e a identidade negra, convidando-nos a mergulhar na história que muitas vezes é esquecida.

Antologias Vestíveis: Como a Moda Transforma Roupas em Histórias e Narrativas Culturais
Antologias Vestíveis: Como a Moda Transforma Roupas em Histórias e Narrativas Culturais
16 de Jan, 2025

A moda narrativa conecta roupas e histórias, transformando peças em antologias visuais que transcendem tendências. Desde a alta-costura de estilistas como Alexander McQueen e Zuzu Angel até a celebração de culturas indígenas por Mauricio Duarte e Sioduhi, a moda é uma poderosa ferramenta para contar histórias sociais, políticas e culturais. Na Souedo, cada coleção é projetada para celebrar o passado, o presente e imaginar futuros, explorando o impacto emocional e cultural do vestuário como arte e expressão........

Conectando identidade e estilo com antologias vestíveis
Conectando identidade e estilo com antologias vestíveis
16 de Jan, 2025

A moda vai além de sua função utilitária, servindo como uma poderosa linguagem que comunica identidade, valores e histórias. Cada peça é um signo cultural, social e político, reinterpretado por quem a usa. Inspirada por conceitos de Roland Barthes, a moda é comparada a uma narrativa contínua, onde bordados, tecidos e silhuetas se tornam capítulos de uma antologia vestível. Ao vestir, somos convidados a dialogar com o passado, reinterpretar o presente e imaginar futuros, reafirmando a moda como uma expressão atemporal e plural.......

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